CONSEQUÊNCIA DA CRIAÇÃO DE FILHOS SEM O DEVIDO SUPORTE FAMILIAR – PPF
PROGRAMA UMA PALAVRA DE FÉ – 02 de setembro 2024
Meus irmãos e ouvintes, a análise estatística que comentamos no programa da quinta-feira passada revelou uma ligação significativa entre a percepção de suporte familiar à criança e os problemas decorrentes da falta desse suporte. Em palavras simples, a falta de suporte familiar, especialmente na infância, leva a problemas graves, como já mencionamos anteriormente. Agora, vamos analisar o grau de seriedade com que devemos observar essas situações.
Das 30 crianças avaliadas, a maioria apresentou indicativos de estresse infantil com sintomas psicóticos. Imagine, 73% das crianças. Essa estatística foi levantada em uma pequena cidade no oeste do Paraná, o que nos dá uma ideia clara dos impactos da deficiência no suporte familiar. Entre essas 30 crianças, 73% apresentaram sinais de estresse infantil com sintomas psicóticos. Além disso, 50% dessas crianças não apresentaram apenas sintomas psicóticos, mas também sintomas físicos e componentes depressivos.
Marlice Carneiro e Pr. Paulo de Tarso
Os principais sintomas psicológicos identificados nessa avaliação foram ansiedade, pânico, tensão, angústia, insônia, alienação e dificuldades interpessoais, ou seja, dificuldades de relacionamento com outras pessoas. Outro aspecto observado foi a dúvida em relação à própria identidade. O pânico, a ansiedade e a alienação geram situações tão graves que a pessoa passa a questionar até mesmo quem ela é. Já comentamos brevemente sobre isso.
Quando uma criança sofre esses tipos de problemas, o que acontece na prática? Elas tendem a desenvolver baixa autoestima devido ao tratamento inadequado que recebem dos pais, avós ou cuidadores. Em vez de se sentirem valorizadas e apreciadas, elas desenvolvem a percepção de que não são estimadas nem amadas. Além disso, essas crianças demonstram uma inabilidade para relaxar. Já viram crianças que nunca conseguem relaxar, sempre agitadas? Isso não é natural. Elas não relaxam porque, no fundo, não encontram paz devido à falta de um ambiente e tratamento adequados.
Muitas vezes, os pais e mães não percebem o mal que estão causando. Não estamos falando apenas de maus-tratos físicos ou verbais, mas também de uma falta de cuidado emocional que faz com que a criança se sinta constantemente agitada. Essa agitação pode evoluir para tédio, ira, depressão e hipersensibilidade emocional. A criança se torna extremamente sensível e qualquer pequena situação afeta-a profundamente, pois ela já está, em sua mente e alma, com a sensação de não ser amada ou de não receber atenção suficiente.
Eu comentei isso em outro programa. Será que a solução é deixar uma criança pequena na creche durante todo o dia? Nenhuma creche, por mais preparada que seja, pode substituir o amor de um pai e de uma mãe. A maioria das crianças que apresentaram estresse eram meninas – 86%, para ser exato. Já comentamos que as mulheres tendem a ser mais sensíveis e sentimentais do que os homens. Entre as crianças avaliadas, houve uma prevalência de estresse em meninas e nas que tinham mais de 10 anos, o que correspondeu a 45% das 30 crianças.
Esses números nos mostram que, quando pequenas, as crianças podem reagir de maneira diferente, mas só começam a ter consciência plena da situação por volta dos 10 anos, quando o cérebro e a percepção se desenvolvem mais. Além disso, o crescimento hormonal também tem grande impacto, especialmente no comportamento das meninas, que ficam ainda mais suscetíveis ao estresse.
Essa realidade, infelizmente, reflete o mundo em que vivemos. Um mundo que, como as escrituras previram, tem esfriado o amor entre as pessoas. Uma das estatísticas mostrou que 45% das crianças frequentavam da primeira à quarta série e 47% moravam com os pais. Mesmo assim, muitas delas apresentavam estresse. Isso reforça a tese de que não basta morar com os pais para garantir um ambiente emocionalmente saudável.
O suporte familiar é fundamental, e quando ele está baseado no amor verdadeiro, como o ensinado na Bíblia, pode fazer toda a diferença na vida da criança. Quanto maiores os níveis de suporte familiar, menores os sintomas de estresse, até sua completa ausência. Esse suporte não deve ser apenas material, mas emocional, fundamentado no amor, no cuidado e no carinho. Isso exige planejamento e dedicação, pois é com esse suporte que podemos ajudar as crianças a enfrentarem os estressores diários e a se desenvolverem de forma saudável.
Programas de prevenção ao estresse que utilizam a família como aliada podem ser uma estratégia eficaz para melhorar o suporte familiar e, consequentemente, o enfrentamento dos desafios diários das crianças. Afinal, cada criança reage de maneira diferente às situações, e é responsabilidade dos pais oferecer um ambiente de amor e segurança.
O programa UMA PALAVRA DE FÉ é transmitido ao vivo pela Web Rádio Ramá às segundas, quartas e quintas no horário das 15h30. Você também pode acompanhar em nosso canal no You Tube ou no Spotify. O Pr. Paulo de Tarso e a irmã Marlice Carneiro aguardam por você!
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