A Comunidade Ramá no Sul do país está presente no Rio Grande do Sul e também em Santa Catarina. O início da obra se deu no município de Rio Grande no Rio Grande do Sul, e de lá, se espalhou para o munícipio de Pelotas e Alvorada. Alguns anos depois, células foram abertas no estado de Santa Catarina, e hoje, o trabalho que começou no Sul conta com obreiros no muncípio de Atibaia em São Paulo.
RAMÁ SUL – Pr. Gabriel Bussinger e esposa Amanda Selli Bussinger
A Comunidade Ramá Sul começou em 2007, quando recebi um convite do Esporte Clube Rio Grande, o clube mais antigo de futebol do Brasil. Em março de 2007, saio de Florianópolis e fui para a cidade de Rio Grande.
A Érica, filha do pastor Érico, na época casada com o André Ferreira, morava lá, mas ainda não nos encontrávamos. No primeiro final de semana, fui almoçar em um restaurante e lá encontrei a Érica e o André. Eles me falaram sobre uma igreja chamada Espaço Cristão e que estavam orando para que Deus enviasse pessoas para começar uma obra. Assim, em março de 2007, começamos uma célula na casa deles. No início, éramos só nós três: André, Érica e eu. Fazíamos os cultos às terças-feiras
Com o tempo, evangelizamos e convidamos mais pessoas, que começaram a frequentar a casa deles. Entre eles estavam Eduardinho e Kiko, atletas do Rio Grande, Seu Horizone, motorista do clube, e Letícia, que já havia estado com Érica na Igreja do Espaço Cristão. Durante todo o ano de 2007, os cultos continuaram. Em 2008, a célula cresceu e surgiram mais pessoas, incluindo pacientes da Érica e colegas de trabalho meus. A casa ficou pequena, então alugamos um salão para abrigar a primeira igreja da comunidade Ramaçu em Rio Grande. Instituímos cultos aos domingos e terças-feiras. Sentimos também a necessidade de evangelizar mais e conseguimos um espaço na Rádio Cassino, onde fazíamos um programa de rádio todo domingo ao meio-dia, além do culto às 10h.
Passamos a orar na igreja nas manhãs de terça e domingo, das 7h às 8h e das 8h às 9h, respectivamente. Em 2008, realizamos nosso primeiro batismo no Arroio do Silva, num frio de 7 graus. Entre os batizados estavam Felipe, Patrício, Cheron, Nádila, uma ex-satanista, e outros.
Organizamos também retiros, o primeiro foi na casa da Suzane e do Marcos em Jaguarão, com cerca de 10 a 15 pessoas. Aos poucos, mais programações foram surgindo. Nas sextas-feiras, fizemos cultos no clube Rio Grande, das 19h às 21h, seguidos de vigílias na praia. A rotina ficou intensa: domingo era dia de oração, culto e rádio; terças-feiras, oração e culto; sextas-feiras, culto no clube e vigília na praia.
Em 2008, Deus nos deu a direção de orar durante 40 dias seguidos, das 7h às 8h da manhã, na igreja. Sentíamos que algo grande estava por vir, e Deus começou a nos revelar que cresceríamos e teríamos outras Ramaçu. Foi também nesse período que recebemos nossa identidade: “A geração disposta a pagar o preço”, focada em almas.
No início de 2009, fui treinador profissional e Deus enviou alguns atletas para nossos cultos. Entre eles, Miller, que estava desviado e voltou para o Senhor após uma oração feita por Érica. Outros quatro atletas se converteram: Lahir, que daria origem à igreja de Alvorada, Jardel e Vitinho, de Santa Catarina, e Anderson Carioca, que também voltou para o Senhor.
Durante 2009, fizemos estudos bíblicos diários após o almoço com os jogadores. Vitinho e Lahir se batizaram, enquanto outros voltaram para o Senhor. No entanto, enfrentamos lutas, como quando o preparador físico ameaçou os jogadores que frequentavam a igreja. Vitinho teve um episódio de asma durante um jogo, mas após oração, ele foi curado.
Ainda em 2009, sentimos a necessidade de evangelizar a família de Miller, que começou a frequentar nossas vigílias e encontros. Isso nos levou a Pelotas, onde fazíamos estudos bíblicos às quintas-feiras e cultos aos sábados, com a família de Miller e outros convertidos, como Juliana.
No final de 2009, os jogadores retornaram para suas casas, e sentimos muito a falta deles. No entanto, Deus tinha mais planos para 2010, que contarei no próximo capítulo.
RAMÁ ALVORADA – Pr. Taylor Alves e esposa Rita Oliveira
A Comunidade Ramá em Alvorada começou por volta do ano de 2008 com o irmão Larry Rios. Ele morava em Alvorada, mas jogava futebol em vários clubes, e um dos clubes em que jogou foi o Esporte Clube Rio Grande, na cidade de Rio Grande. Lá, ele teve contato com o pastor Gabriel Bussinger, sobrinho do pastor Érico Rodolpho Bussinger, acredito que por volta de 2008 ou 2009. Foi ali que ele teve seus primeiros contatos com a Palavra, participando de cultos que aconteciam em Rio Grande.
Depois, ele foi transferido para um time de Santa Catarina, mas, no final de 2009, esse time o demitiu, e ele voltou para Alvorada.
Quando voltou, começou a namorar a irmã Juliana, que era amiga comum da Rita e minha amiga também aqui de Alvorada. Em 2009, eles começaram a se relacionar, mas enfrentaram algumas dificuldades, o que levou Larry a buscar auxílio com o pastor Gabriel Gabriel, que continuou a ajudá-los à distância, orientando-os em meio aos desafios que enfrentavam.
Tanto a irmã Juliana quanto o Larry tomaram a decisão pelo Senhor e pelo batismo, aproximadamente em 2010, durante o carnaval, ou um pouco antes, no final de 2009. Contudo, eles ainda estavam em Alvorada, e as visitas a Rio Grande continuavam, com o contato com o pastor Gabriel sendo mantido. Na época, não tínhamos as facilidades tecnológicas que temos hoje, o que tornava o acompanhamento mais desafiador, dependendo apenas do telefone.
Mas, para a glória do Senhor, no ano de 2010, Rita e eu fomos convidados para um culto na casa da Ju, onde estavam o André e a Erika. Eles tinham vindo para um congresso em Gramado, relacionado ao trabalho da Erika na área de odontologia, e fizeram um culto durante a visita. Fomos convidados para esse culto e, na mesma noite, Rita e eu tivemos uma experiência com o Senhor. No dia seguinte, decidimos entregar nossas vidas ao Senhor.
A partir daquele momento, começamos a nos aproximar mais de Larry e Juliana, para aprender mais sobre o Evangelho. Todos nós ainda éramos muito inexperientes na caminhada, mas, a partir daquele momento, começamos a receber instruções. Era abril de 2010, e começamos a receber orientações do André Ferreira, Erika Bussinger Ferreira e Gabriel Bussinger, que se revezavam para estar conosco aqui. Eles ligavam para nós a cada 15 dias, para que fôssemos cuidados e direcionados, seja para uma igreja local ou para continuarmos com eles, já que ainda não sabíamos como seria essa dinâmica.
Podemos dizer que, a partir de abril de 2010, tivemos a fundação da igreja. Rita e eu, junto com Larry e Juliana, começamos a caminhar com uma organização simples, realizando encontros regulares, cultos e estudos da palavra, recebendo o auxílio dos irmãos. Desde então, temos caminhado dessa forma. Rita e eu nos batizamos em setembro de 2010, e, algum tempo depois, o Senhor nos levantou como líderes na obra. O Senhor foi acrescentando vidas, e temos caminhado firmes com o Senhor desde então.
Começamos as reuniões na casa da Juliana e do Larry. Alguns anos depois, alugamos um lugar próximo da minha casa, uma peça comercial na casa da dona Ana, mãe da Rita. Lá nos reunimos por um tempo, e muitas pessoas se juntaram a nós, mas, logo depois, o grupo se esvaziou, muito devido à nossa falta de maturidade. Retomamos as reuniões próximo à casa da irmã Juliana e do irmão Larry, reformando uma casa vazia para fazermos nossas reuniões.
Ficamos nesse local até meados de 2020, quando veio a pandemia. Com a pandemia, entregamos a peça, pois não podíamos ter encontros presenciais. Tudo estava fechado, e enfrentamos muitas dificuldades por causa do Covid. Passamos a nos reunir online, fazendo cultos aos domingos de manhã na minha casa e estudos online nos outros dias.
Ficamos todo o ano de 2020 dessa forma. Em 2021, alugamos um novo local, que é onde estamos agora, no bairro Maria Regina. Desde 2021, temos nosso salão, onde realizamos nossas reuniões, e o Senhor tem nos abençoado muito, acrescentado vidas e mantido a obra. Continuamos nesse desafio de manter nossas reuniões regulares, nossos retiros e programações aqui no Sul, além de estar sempre ligados aos irmãos no Rio, para mantermos a conexão.
De 2010 até agora, o Senhor nos ajudou, e glorificamos a Ele por isso.
Pr. Taylor Alves, Comunidade Ramá Alvorada.